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Longa Duração: uma análise estradeira do Chevrolet Cruze

Além de reforçar o bom comportamento na estrada, ele foi avaliar a rede GM fora de São Paulo

Por Péricles Malheiros Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 jan 2017, 14h58 - Publicado em 13 jan 2017, 16h26
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  • O Cruze chegou bem rápido aos 10.000 km e, consequentemente, à hora de buscar a rede GM para passar pela primeira revisão, em Brasília.

    Esta é a segunda vez em menos de um mês que o editor Péricles Malheiros e o Cruze vão para Brasília. Se na primeira oportunidade Péricles se entreteve com o computador de bordo supercompleto, agora foi a vez de concentrar a atenção nos sistemas de auxílio de direção.

    “O controle de estabilidade atua silencioso. Você só nota a ação dele porque a luz-espia pisca no painel”, diz Péricles. No trecho noturno da viagem, o editor utilizou o farol alto automático. Uma tecla na alavanca à esquerda do volante habilita a função.

    Baseado nas imagens captadas pela câmera e pelo radar montados na dianteira, a central eletrônica alterna o uso dos fachos baixo e alto. Assim que um veículo é detectado, mesmo a longa distância, o farol de longo alcance é desligado, voltando à ativa quando a estrada fica livre novamente.

    “Só não entendo porque atrelar um recurso tão interessante a lâmpadas simples, do tipo halógenas. Xenônio ou leds combinam muito mais com um Cruze top de linha, além, é claro, de oferecerem uma qualidade de iluminação muito superior”, comentou Péricles.

    O Audi A3 da frota de Longa Duração, por exemplo, não possui o recurso de farol alto automático, mas oferece lâmpadas de xenônio de série, com iluminação mais eficiente e menos risco de ofuscar outros motoristas no sentido contrário.

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    Com uma programação de parada para abastecer a cada 350 km, o editor faz dois pit-stops ao longo dos 1.000 km entre São Paulo e Brasília. “Em geral, os frentistas têm o péssimo hábito de forçar o abastecimento, o que pode prejudicar o sistema de coleta e recirculação dos gases do tanque”, disse Péricles. No Cruze, o manual do proprietário recomenda o fim do abastecimento após o terceiro corte automático da bomba.

    “O sistema ativo que mantém o carro dentro da faixa de rolamento aumenta a segurança se alguém, por exemplo, tiver o hábito de abrir uma embalagem para se alimentar ou matar a sede enquanto dirige. O melhor é que, se o carro perceber que o motorista soltou o volante, logo um aviso sonoro é ouvido e uma mensagem para retomada da direção é exibida no painel”, conta. O alerta de iminência de colisão frontal também foi destacado pelo editor.

    Sobre o comportamento do conjunto mecânico, sobram elogios. “O equilíbrio da suspensão em curvas de raio longo é excelente, mesmo não tendo multilink na traseira”, diz Péricles.

    Na comparação com o nosso A3 de Longa (também equipado com um motor 1.4 turbo de especificações bem parecidas, com câmbio automático de 6 marchas com conversor de torque), o Cruze transmite reações menos imediatas. “A resposta do Cruze é mais alinhada ao perfil de calibração Chevrolet, mais macio e confortável e um pouquinho menos instantânea que um Audi”.

    Isso, porém, não significa que o Cruze seja lento. Ultrapassagens são feitas de maneira rápida e segura. Mais assentado, o Chevrolet também se mostra menos sensível aos ventos laterais que um SUV como o Kicks (outro integrante de nossa frota de Longa Duração com o qual Péricles foi até Brasília recentemente).

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    O último ponto digno de nota é a ausência de paddle shifts para a troca manual de marchas – o Cruze só oferece trocas na alavanca. “Além das tradicionais situações de ultrapassagem, os paddle shifts fazem falta em contornos de curva, quando seria desejável fazer reduções sem tirar as mãos do volante”.

     

    Chevrolet Cruze – 9.918 km

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