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BYD Dolphin veio sem carregador portátil – e o original custa o triplo

BYD Dolphin tem cinco anos de garantia, mas muitas exceções. Suspensão, direção, tela giratória e até a tomada de carregamento só têm um ano de garantia

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
5 abr 2024, 04h00
Dolphin
Dolphin em Atibaia (SP): a rodagem está menos intensa enquanto o carro cumpre o amaciamento  (Paulo Campo Grande/Quatro Rodas)
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Para o proprietário de carro elétrico, ter a possibilidade de recarregar em casa muda a convivência com o veículo. Ainda não vivemos isso. Enquanto aguardamos autorização do condomínio da sede da editora para instalar o Wallbox que recebemos com o BYD Dolphin, o jeito vem sendo recorrer a carregadores públicos, em shoppings ou hubs de recarga (onde há carregadores rápidos).

Também estamos buscando um carregador portátil para comprar. Esse tipo dá para levar no porta-malas e consegue entregar até 3,7 kW quando ligado a uma tomada doméstica de 220 V e 16 A. Também há modelos com tomada industrial, de 32 A, que entregam até 7,5 kW.

Os portáteis funcionam bem em emergências ou carregamentos curtos, mas podem deixar o carro sujeito a instalações elétricas malfeitas. No caso dos Wallbox, a instalação correta exige, por norma NBR, um quadro de luz com disjuntor independente, protetor de surtos elétricos (DPS) e de diferencial residual (DR), que detecta fuga de corrente e desarma o circuito.

Quando a campanha que dava Wallbox acabou, os Dolphin passaram a ser entregues com carregadores portáteis. Nas concessionárias, os portáteis da BYD são vendidos por R$ 3.900. Existem opções de outras marcas a partir de R$ 1.300, mas é preciso ter atenção ao produto. Ainda não há norma do Inmetro para certificações de carregadores de carros elétricos no Brasil.

O que fazer para escolher um carregador com segurança? De acordo com Davi Bertoncello, diretor de infraestrutura da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) e CEO da Tupinambá Energia, o ideal é buscar equipamentos homologados na Europa (com o selo “CE”), pois seguem a norma internacional IEC 6185-1, que costuma servir como ponto de partida para as padronizações no Brasil. É uma forma de garantir a qualidade do equipamento.

Termos de garantia revistos

O assunto garantia é um pouco delicado para o BYD Dolphin. O modelo é anunciado com garantia de cinco anos ou 500.000 km, enquanto a bateria tem garantia de oito anos sem limite de quilometragem. Mas o comprador precisa estar atento à lista de “itens especiais” que constam em seu Manual de Garantia.

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Antes de entrar nesse mérito, vale esclarecer que a garantia da bateria não está vinculada à quilometragem quando o carro não faz uso comercial – para estes, é 200.000 km –, mas é importante atentar àquilo que a BYD considera normal: a bateria ter 60% da sua especificação de capacidade máxima ao fim dos oito anos. Ou seja, enquanto tiver pelo menos 60% dos seus 44,9 kWh, será considerada em condições normais. Essa ressalva de capacidade é inédita para nós.

Os sistemas de alta-tensão e de baixa-tensão, contudo, têm cinco anos de garantia (ou 500.000 km), assim como o motor do carro.

BYD Dolphin Longa Duração
(Fernando Pires/Quatro Rodas)
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Os componentes de desgaste, que são mais críticos em qualquer carro, têm apenas um ano de garantia ou 20.000 km. São eles: amortecedores, componentes da suspensão e da caixa de direção, rolamentos das rodas e borrachas de vedação. O normal, em outros fabricantes (inclusive aqueles que só dão três anos de garantia ao carro), é dar dois anos de garantia nesses sistemas de maior desgaste.

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Componentes de suspensão são naturalmente críticos no Brasil, especialmente em carros importados. A situação se agrava quando o carro não tem uma preparação (tropicalização) para o mercado brasileiro, como é o caso do BYD Dolphin. Ainda havia uma cláusula que previa que reapertos ou remoção de ruídos só seriam feitos em garantia dentro de três meses ou 5.000 km, mas a BYD disse que reviu a questão e vai desconsiderar isso e eliminar nas próximas edições do seu manual de garantia.

Ainda mais crítico que isso é que a enorme tela da central multimídia, que gira, também só tinha um ano de garantia. Depois, no lançamento do Dolphin Mini, a fabricante disse ter aumentado essa garantia para 3 anos e 90.000 km para todos os carros, até os que já foram vendidos. Mas o mesmo prazo de um ano segue valendo para a tomada de carregamento do carro.

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As garantias do BYD Dolphin

Dolphin
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

Chassi

60 meses ou 500.000 km

Bateria 12 v

12 meses ou 20.000 km

Amortecedores e suspensão

12 meses ou 30.000 km

Bateria de tração

96 meses, abaixo de 60%

Borrachas

12 meses ou 30.000 km

Multimídia

36 meses ou 90.000 km

Reapertos e ruídos

3 meses ou 5.000 km

Carregador

12 meses

Tomada de recarga

12 meses

Rolamentos

12 meses ou 30.000 km

Sistemas de alta e baixa-tensão

60 meses ou 30.000 km

Óleos lubrificantes

3 meses ou 5.000 km

BYD Dolphin – 697 km

Versão GS 180 EV
Motor elétrico, diant., transversal, síncrono, 95 cv, 18,4 kgfm
Câmbio automático, 1 marcha, tração dianteira
Revisões até 100.000 km: grátis
Seguro R$ 1.570
Consumo No mês: 7,5 kW/100 km, com 77,5% de rodagem na cidade
Carregamento 104,6 kW, 3h35 min, R$ 221,44

 

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