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Vídeo: as qualidades e defeitos do Jeep Compass após 90.000 km

Beirando os 90.000 km, já podemos fazer um balanço da jornada do Jeep Compass. Só não podemos ter surpresas nos próximos 10.000 km

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
5 mar 2024, 17h00
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  • A revisão dos 84.000 km marcou a entrada do Jeep Compass em sua reta final. Afinal, a revisão dos 96.000 km será bem próxima da apuração de preço de revenda que fazemos antes do teste final. Aproveitamos para fazer este serviço fora de São Paulo.

    O carro foi parar em Minas Gerais, no Vale do Aço. O repórter Eduardo Passos aproveitou a viagem até Ipatinga para revisar o carro na concessionária Jeep local, a Orvel. “A revisão foi marcada inteiramente via WhatsApp. O atendimento foi rápido, havia boa disponibilidade de datas e a confirmação foi feita depois por um atendente virtual. Só não informaram o preço previamente”, relatou Edu.

    Os valores só foram detalhados ao deixar o carro, quando o atendente apresentou a revisão indicada pela fabricante com um pacote básico de serviços, ao custo de R$ 767,10. Ainda ofereceu o alinhamento e balanceamento das rodas (R$ 250). A única proposta que não aceitamos foi a higienização da cabine e “aditivos para lubrificação e tratamento do motor”. Mas pedimos que incluísse o filtro do ar-condicionado, que custou mais R$ 70,90. No total, gastaríamos R$ 1.108 e o carro ficaria pronto no final do dia.

    compass
    (Eduardo Passos/Quatro Rodas)

    Pela nossa experiência, esse passou longe de ser o maior exemplo de empurroterapia. Na revisão dos 72.000 km ofereceram três pacotes diferentes de revisões e uma delas incluía até limpeza de bicos preventiva. Só que isso é totalmente dispensável, ainda mais em um carro com injeção direta de combustível.

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    Não havia nada pendente a ser feito e as pastilhas de freio, trocadas aos 60.000 km, ainda estavam 8 mm de material abrasivo. O carro foi entregue limpo: ganhamos a lavagem e a limpeza interna como cortesia. Não ofereceram as peças trocadas, porém.

    “Retornando para São Paulo, notei uma melhora sutil na direção do carro após a revisão”, afirmou o repórter. Só pode ter sido efeito do alinhamento da direção, porque, embora tenham retirado pelo menos as rodas dianteiras, não fizeram rodízio ou trocaram os pesos do balanceamento – o que até poderia ser desnecessário, pois o carro não está vibrando.

    Longa Compass
    Retorno à concessionária para terminar a revisão dos 60.000 km (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)
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    A roda traseira esquerda só saiu do carro para o borracheiro consertar o pneu furado (por um prego ainda em Ipatinga). Faz parte. O conserto, feito por dentro, ficou em R$ 55 – com balanceamento, diga-se.

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    Um fato é que nosso Jeep Compass Longitude está melhor do que antes. No último teste, feito aos 76.782 km, revelou desempenho melhor do que quando era novo, frenagens melhores motivadas pelos freios trocados aos 60.000 km (quando passou pela pior revisão que fizemos até agora) e, principalmente, índice ruído até 80% menor a 80 km/h.

    Longa Compass
    Medição de ruído é feita com um decibelímetro (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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    O segredo foi a troca dos pneus Pirelli Scorpion originais, que duraram 70.000 km mas passaram dezenas de milhares de quilômetros incomodando pelo forte ruído. Chegou a ponto de a Jeep trocar um rolamento em garantia pensando ser o culpado, mas o culpado era um dos pneus mais danificado que os outros.

    Com os Firestone Destination instalados, nos comprometemos a fazer um novo teste. Dos 63,7 dBA, no primeiro teste, o ruído chegou aos 67,9 dBA com os pneus usados e depois caiu para 60,2 dBA. Considerando que o decibel é uma medida em escala logarítmica, é uma atenuação de ruído de cerca de 80%. A 120 km/h, porém, o ruído aerodinâmico sobressai: passou dos 68,8 dBA no primeiro teste, 70,5 dBA aos 60.000 km e 69,4 dBA.

    Desempenho do Compass em quatro momentos:

    Aceleração 1º Teste 2.167 km 2º Teste 24.726 km 3º Teste 60.993 km 4º Teste 76.782 km
    0 a 100 km/h 9,9 10,1 9,9 9,7
    0 a 1.000 m 31,3 s – 166,7 km/h 31,3 s – 168,8 km/h 31,1 s – 169,10 km/h 31,1 s – 168 km/h
    Retomadas
    D 40 a 80 km/h 4,2 s 4,5 s 4,3 s 4,3 s
    D 60 a 100 km/h 5,7 s 6,3 s 5,4 s 5,4 s
    D 80 a 120 km/h 10 s 6,8 s 6,7 s 7 s
    Frenagens
    60/80/120 km/h a 0 16,5/29,4/63,9 m 17,5/29,8/64,4 m 16,3/28,8/64,8 m 15,9/28,1/64,6 m
    Consumo
    Urbano 9,6 km/l 8,4 km/l 9,3 km/l 9,4 km/l
    Rodoviário 12,8 km/l 12,3 km/l 13,2 km/l 12,5 km/l
    Ruído interno
    Neutro/RPM máx. 42,4/65,7 dBA 42,4/67,9 dBA 42,5/65,3 dBA 44,8/65,8 dBA
    80/120 km/h 63,7/68,8 dBA 65,5/70,1 dBA 67,9/70,5 dBA 60,2/69,4 dBA

    Condições de teste – 1.001 km: alt. 660 m; temp., 27,5 °C; umid. relat., 42%; press., 1.012,5 kPa; 24.726 km: alt. 660 m; temp., 27 °C; umid. relat., 63,5%; press., 1.013 kPa; 60.993 km: alt. 660 m; temp., 24 °C; umid. relat., 41,5%; press., 1.012,5 kPa

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    Uma questão importante é que o start-stop do Compass não funciona mais como antes. Em alguns momentos ele chega a indicar no painel que não vai desligar o motor porque não tem carga suficiente. E às vezes também desliga o motor por muito pouco tempo. Já paramos em uma loja de bateria, viram que ela está beirando o limite saudável. Mas ainda estamos esperando esse limite. Uma bateria nova como essa custa R$ 950, fora da concessionária.

    Compass Longa
    (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

    Apesar dos indícios de que está no fim, a bateria segue cumprindo o seu papel e ainda não deixou ninguém de nossa equipe na mão. Mas tivemos um problema eletrônico.

    “Era meio-dia e a central multimídia insistia em ficar com pouca iluminação. Não adiantava mudar as regulagens de brilho nas configurações da central multimídia ou mexer no ajuste de brilho, a tela não mudava”, conta o piloto de testes Leonardo Barboza.

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    Longa COmpass
    Tela da central multimídia insistia em ficar escura mesmo durante o dia (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

    Esse problema se estendeu por alguns dias e atrapalhou o uso de mídias e, principalmente, do navegador durante o dia. Até Leonardo tentar algo diferente. “Desliguei o polo negativo da bateria por um tempo e, após recolocar, a central multimídia voltou ao normal”. O famoso “desliga e liga na tomada após 10 segundos” não costuma falhar e o problema ainda não voltou. Algo parecido já havia ocorrido antes, mas com excesso de brilho nas telas e com as luzes de botões e console desligadas, e a solução foi uma atualização em uma das revisões do Jeep Compass.

    Jeep Compass – 89.028 km

    Ficha técnica:
    Versão: Longitude 80 anos 1.3 Turbo
    Motor: 4 cil., diant., transversal, 1.332 cm3, 16V, turbo, injeção direta, 185/180 cv a 5.750 rpm, 27,5 kgfm
    a 1.750 rpm
    Câmbio: automático, 6 marchas, tração dianteira
    Seguro: R$ 3.268
    Revisões: Até 96.000 km – R$ 7.803
    Gasto no mês: Combustível: R$ 1.348
    Limpadores de para-brisa: R$ 269
    Consumo: No mês: 9,3 km/l com 37,8% de rodagem na cidade
    Desde agosto/21: 9,6 km/l com 34% de rodagem na cidade
    Combustível: Flex (gasolina)

     

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