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Por R$ 212.990, Compass Longitude logo será o diesel mais barato da Jeep

Além da aparência renovada, o Compass diesel recebeu mudanças para atender às novas normas de emissões. Mesmo assim, o SUV preservou os principais atributos

Por Guilherme Fontana Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 3 jan 2022, 11h42 - Publicado em 3 jan 2022, 10h58
Jeep Compass Diesel
Além da aparência renovada, o Compass diesel passou por mudanças para atender às novas normas de emissões. Mesmo assim, o SUV preservou (e reforçou) seus principais atributos (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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A chegada do novo Jeep Compass teve como grandes estrelas as configurações com o novo motor 1.3 GSE turbo flex. Não por acaso, as versões a diesel só chegaram às lojas alguns meses depois, já com o entusiasmo da novidade no fim.

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Ainda que com menos alarde, o Compass diesel também ganhou inovações mecânicas. Para apresentá-las, convocamos a versão de entrada Longitude, que parte de R$ 212.990.

É caro, mas será o diesel mais barato da Jeep: nas próximas semanas, o Renegade 4×4 (que hoje parte dos R$ 159.990) trocará o 2.0 turbodiesel pelo 1.3 turbo.

O motor 2.0 turbodiesel adotou o sistema SCR de tratamento de gases de escape com o uso do aditivo Arla 32, que na prática promete reduzir em 85% as emissões de dióxido de nitrogênio, nocivo à saúde.

Jeep Compass Diesel
Única diferença na traseira está no emblema TD350 4×4 (Fernando Pires/Quatro Rodas)

De acordo com a fabricante, o tanque do aditivo (com bocal separado do tanque de diesel) deve ser reabastecido a cada 10.000 km, aproximadamente. As novidades, porém, buscam unicamente atender às novas regras ambientais de emissões do Proconve L7, que entrarão em vigor em janeiro de 2022.

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Elas não impactam as especificações do motor, que continua com 170 cv de potência e 35,7 kgfm de torque, além do câmbio automático de nove marchas e da tração 4×4.

O Compass diesel preserva a boa dirigibilidade e a superioridade em relação ao flex, mesmo ao eficiente motor turbinado. Ainda que as sensações e os números sejam contraditórios.

Jeep Compass Diesel
Painel tem bom acabamento e visual moderno (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Em nossos testes, ele foi de 0 a 100 km/h em 11,4 segundos, contra os 10,3 do flex, com gasolina. A sensação, porém, é de que o SUV a diesel é mais leve e veloz, sem a morosidade do modelo flex, graças ao torque superior e aos ajustes exclusivos de direção e suspensão.

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A direção, em relação ao Compass flex, é mais firme para se adequar à suspensão, mais alta e também mais rígida.

Tanto no fora de estrada quanto em trechos esburacados dos centros urbanos, o trabalho da suspensão mostra maior robustez e menor rolagem da carroceria, sem deixar o conforto de lado pela eficiente absorção dos impactos.

Jeep Compass Diesel
Central multimídia tem 10,1” (Fernando Pires/Quatro Rodas)

O Compass diesel supera buracos, valetas e lombadas sem nenhum incômodo.

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Ainda na dirigibilidade, o torque disponível a baixos 1.750 rpm proporciona saídas e retomadas ágeis. O bom casamento com o câmbio (de nove marchas) exalta duas qualidades dos carros a diesel, a força em baixas rotações e o consumo.

Em nossos testes, as médias ficaram em 11,3 km/l na cidade e 15,4 km/l na estrada – contra 9,3 km/l na cidade e 13 km/l na estrada do flex, com gasolina. Se tudo permanece quase igual, o isolamento acústico ficou melhor.

Jeep Compass Diesel
Sistema de tração traz opções de areia/lama e neve (Fernando Pires/Quatro Rodas)
Jeep Compass Diesel
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

Mesmo que o motor não seja dos mais ruidosos, praticamente nada se ouve com os vidros fechados.

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Por dentro, o modelo tem poucas diferenças para o SUV abastecido a etanol e gasolina. O painel segue com os já conhecidos traços elegantes e o acabamento de boa qualidade, com diversas peças feitas com materiais emborrachados.

Na versão Longitude, a parte central é texturizada e dá ares de modernidade. O quadro de instrumentos tem mostradores analógicos com tela colorida central de 7 polegadas ao centro.

Jeep Compass Diesel
O interior tem bom acabamento, com materiais emborrachados, e banco traseiro é espaçoso (Fernando Pires/Quatro Rodas)
Jeep Compass Diesel
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

Por falar em tela, a central multimídia tem 10,1 polegadas e conexão com Android Auto e Apple CarPlay sem fio. Ainda no interior, quem vai atrás tem ótimo espaço para as pernas – exceto quem vai no meio, que pode se incomodar com o alto túnel central e o console saliente, com as saídas de ar-condicionado.

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A lista de equipamentos segue com faróis de led automáticos, ar-condicionado automático bizona, freio de estacionamento eletrônico, carregador de celulares por indução, assistente de descida, seis airbags, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, câmera de ré e piloto automático.

Os bancos são de couro, mas sem ajustes elétricos, e não há sistemas autônomos de segurança, nem mesmo o alerta de pontos cegos. Por outro lado, para reforçar a vocação off-road do modelo, um seletor permite distribuir o torque de acordo com a aderência do terreno escolhido. Entre as opções estão neve, areia/lama e automático.

Jeep Compass Diesel
Motor 2.0 turbodiesel é o mesmo utilizado no Renegade e na Fiat Toro (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Por fora, algumas das novidades já são conhecidas, como as rodas de 18 polegadas e as novas iluminações de faróis e lanternas. Na traseira, o logotipo com a inscrição TD350 4×4 indica o conjunto mecânico ali presente, enquanto a dianteira tem para-choque exclusivo em relação às demais versões flex.

No diesel, a peça tem novos nichos para os faróis de neblina e a base em formato mais diagonal para melhorar o ângulo de entrada, de 30,3o. No flex, são 21,5o.

Jeep Compass Diesel
As rodas, de 17”, são as mesmas do Compass Longitude flex (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Veredicto

O Compass diesel consegue ser ainda mais versátil do que as versões flex, além de mais econômico. Mas cobra caro por isso.

Teste – Jeep Compass Longitude TD350 4×4

  • Aceleração
    0 a 100 km/h: 11,4 s
    0 a 1.000 m: 32,9 s – 157,5 km/h
  • Velocidade máxima: 198 km/h (dado de fábrica)
  • Retomadas
    D 40 a 80 km/h: 4,7 s
    D 60 a 100 km/h: 6,3 s
    D 80 a 120 km/h: 8,2 s
  • Frenagens
    60/80/120 km/h a 0: 15,5/27,5/62,8 m
  • Consumo
    Urbano: 11,3 km/l
    Rodoviário: 15,4 km/l
  • Ruído interno
    Neutro/RPM máx.: 45,9/66,7 dBA
    80/120 km/h: 63,8/73,5 dBA
  • Aferição
    Velocidade real a 100 km/h: 97 km/h
    Rotação do motor a 100 km/h em 8a marcha: 1.600 rpm
    Volante: 2,5 voltas
  • Seu Bolso
    Preço básico: 212.990
    Garantia: 3 anos

Condições de teste: alt. 660 m; temp., 23 °C; umid. relat., 66%; press., 1.012 kPa

Ficha Técnica – Jeep Compass Longitude TD350 4×4

  • Motor: diesel, dianteiro, transv., 4 cil., 16V, turbo, 1.956 cm³, 170 cv a 3.750 rpm, 35,7 kgfm a 1.750 rpm
  • Câmbio: aut., 9 marchas, tração 4×4
  • Direção: elétrica, 11,3 m (diâmetro de giro)
  • Suspensão: ind. McPherson (diant. e tras.)
  • Freios: disco ventilado (diant.), disco sólido (tras.)
  • Pneus: 225/55 R18
  • Peso: 1.760 kg
  • Dimensões: comprimento, 440,4 cm; largura, 181,9 cm; altura, 164 cm; entre-eixos, 263,6 cm; porta-malas, 476 l; tanque de combustível, 60 litros
  • Ângulos: entrada, 30,3º; saída, 32,1º; rampa, 21,6º
  • Vão livre do solo: 21,9 cm

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capa
A edição 752 de QUATRO RODAS já está nas bancas! (arte/Quatro Rodas)
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