Teste: guardando volumes nos carros de Longa Duração
Espaço para bagagem e múltiplos porta-objetos: os carros de Longa Duração mostram seus pontos fortes e fracos na hora de levar a bordo os pertences do motorista
Eles estão lá para melhorar a qualidade de vida a bordo do carro. Porta-objetos e soluções para facilitar o transporte de tudo o que o motorista e sua família acham indispensável, seja no dia a dia, seja na viagem de férias. E não importa a quantidade ou tamanho da tralha: de mochilas e malas ao computador portátil e lanche comprado em drive-thru, tudo tem que ter seu cantinho dentro da cabine.
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Veja, a seguir, como HR-V, Ka, Renegade e Audi A3 (os carros da atual frota de Longa Duração) se saem na hora de agradar a quem faz questão de andar sempre na companhia de seus objetos favoritos.
Honda HR-V
A Honda poderia fazer um intercâmbio com a Jeep. Ela aprenderia a produzir um interior com materiais e acabamentos tão bons quanto os do Renegade e ensinaria a criar uma cabine modular, versátil e amigável como a do HR-V. Televisão, máquina de lavar, cadeira, bicicleta… É difícil achar o que não caiba no Honda. O sistema de rebatimento do banco traseiro do HR-V (que permite uma série de configurações tanto para os assentos quanto para os encostos) é aquele tipo de facilidade que você raramente utiliza, mas quando usa, vira fã.
Só não dá para entender o que a marca imaginou ao projetar um console central com porta-objetos de acesso tão difícil. Ele fica abaixo do nível da alavanca de câmbio, e abriga as entradas USB e auxiliar do sistema de som. Aqui na QUATRO RODAS, não foram poucos os que gastaram intermináveis minutos – principalmente de noite, pois o local não é iluminado – procurando pela conexão para o iPod ou o celular.
Ford Ka
O Ka possui uma fartura de lugares para guardar coisas pela cabine – na foto acima, dá para identificar nada menos que seis porta-copos. Porém, o risco de transformá-lo em um chocalho sobre rodas é grande: há porta-objetos até em pontos nada convencionais. Duvida? Que tal os que ficam nas extremidades do banco traseiro, junto ao assento? O formato impede a colocação de copos ou latas e eles acabam virando, na prática, um porta-moedas. Os do Ka de Longa são assim, uns cofrinhos sempre com um trocadinho esquecido – e barulhento.
Apesar disso, esses porta-trecos são nada no quesito esquisitice quando comparados ao nicho criado na lateral do painel, só acessível com a porta do motorista aberta!
Jeep Renegade
Apesar da ótima qualidade geral do acabamento, o nosso Jeep é uma grande decepção na hora de viajar: seu porta-malas tem volume útil de apenas 260 litros – oficialmente, é menos do que os 285 litros do porta-malas de um Up!. Outro problema do compartimento de bagagem é o formato: raso, impede a acomodação de objetos mais altos. Carrinho de bebê? Mesmo os do tipo guarda-chuva, mais compactos, cabem apertados – e na transversal. Sob o assoalho, porém, há uma prática (mas frágil) bandeja compartimentada de isopor.
Na cabine, destaque positivo para os tapetinhos de borracha no fundo dos porta-objetos e para o prático espaço sob o assento do banco do passageiro.
Audi A3 Sedan
No já pequeno porta-luvas do A3 viaja a central multimídia, um aparelho volumoso de leitura de CD e cartão de memória SD. Considerando que o porta-luvas é uma espécie de vaga reservada onde os manuais do carro estão sempre estacionados, sobra pouco espaço até para uma carteira.
Sobre o obsoleto equipamento que a Audi instalou ali, um recado unânime da equipe de QUATRO RODAS: “Trocaríamos entradas para CDs, cartões de memória e auxiliar por uma simples porta USB (inexistente no A3), pois Bluetooth resolve a questão de conectividade, mas não carrega a bateria dos celulares”.