Automóvel é um produto emocional, como um item de grife. Por isso, seu valor depende de quem vê. A bordo da versão GLi, tive a sensação de que estava em um carro com preço compatível ao que oferece.
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Por R$ 69 690, a configuração básica vem com motor 1.8, transmissão manual de seis marchas e oferta de itens de segurança semelhante aos rivais. Há cinco airbags (dois frontais, dois laterais e um para o joelho do motorista), coluna de direção com ajuste de altura e profundidade, sistema Isofix no banco traseiro e retrovisores elétricos com indicadores de direção. As rodas de série são de aço com calotas – diferente das fotos, feitas de liga.
Outra boa sensação é atrás do volante. Bem mais ágil que as versões automáticas, o câmbio manual oferece uma pegada esportiva que o sedã jamais teve. Na pista, e com gasolina, a parceria do motor 1.8 com a caixa manual fez 9,7 segundos no teste de 0 a 100 km/h, mais rápido que o XEi 2.0 CVT. No consumo, outra surpresa: a versão do meio, automática, foi mais econômica em ciclo urbano. Marcamos 7,6 km/l, enquanto o GLi manual fez 7 km/l.
Assim como ocorre nas versões XEi e Altis, há faltas injustificáveis, como a ausência de controle de estabilidade e até de sistema de som, vendido apenas como opcional. Mesmo o GLi deveria vir com sensor de estacionamento. Em relação às configurações mais caras, perdeu também o piloto automático, a central multimídia, tela touch, GPS e os faróis de neblina. A Toyota cortou mimos triviais, como o espelho de cortesia do motorista e a função um-toque nos vidros dos passageiros.
O Corolla de entrada também oferece câmbio CVT a R$ 69 990, apenas 300 reais a mais que o manual, e propositalmente dez reais abaixo do limite permitido para a isenção de impostos a portadores de necessidades especiais.
Se levarmos em conta a concorrência, o preço do Corolla GLi está na média. O Citroën C4 Lounge, por exemplo, parte de R$ 69.990, enquanto o Nissan Sentra 2.0 S mecânico sai por R$ 69.590. O tradicional rival Civic começa em R$ 73.000 – e está prestes a mudar de geração no país. Já Focus, Cruze e Jetta (agora na versão 1.4 TSI) ficam todos mais próximos dos R$ 80.000 em suas versões de entrada, não tão simples quanto o GLi.
DESEMPENHO | |
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aceleração de 0 a 100 km/h: | 9,7 s |
retomada de 40 a 80 km/h (em 3ª marcha): | 7,2 s |
retomada de 60 a 100 km/h (em 4ª marcha): | 10,2 s |
retomada de 80 a 120 km/h (em 5ª marcha): | 14 s |
Frenagem de 120 km/h a 0: | 66,7 m |
Frenagem de 80 km/h a 0: | 28,9 m |
Frenagem de 60 km/h a 0: | 15,9 m |
Consumo urbano: | 7 km/l |
Consumo rodoviário: | 10 km/l |
Motor | dianteiro, transv., flex, 4 cil., 16V |
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Cilindrada | 1 798 cm³ |
Potência | 144/139 cv a 6 000 rpm |
Torque | 18,4/17,7 mkgf a 4 800/4 000 rpm |
Câmbio | manual, 6 marchas, tração dianteira |
Dimensões | compr., 462 cm; largura, 177,5 cm; alt., 147,5 cm; entre- eixos, 270 cm |
Peso | 1 260 kg |
Porta-malas/caçamba | 470 litros |
Suspensão dianteira | McPherson |
Suspensão traseira | eixo de torção |
Freios | disco ventilado (diant), disco sólido (tras.) |
Direção | elétrica |
Pneus | 205/55 R16 |
Principais itens de série | Isofix com top tether, ar-condicionado, retrovisores com ajuste elétrico e indicadores de direção, airbags frotais, laterais e de joelho para o motorista, chave canivete |