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Por Péricles Malheiros 3188 km A notícia de que a Renault nos cederia um Zoe, seu hatch compacto elétrico, levantou a questão: “Como será ele diante do nosso Leaf de Longa Duração?” As respostas começaram a ser dadas pelo repórter do site QUATRO RODAS, Vitor Matsubara. Com a experiência de já ter dirigido o Leaf […]

Por Péricles Malheiros
Atualizado em 26 dez 2016, 16h56 - Publicado em 19 mar 2015, 11h00
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  • Por Péricles Malheiros

    3188 km

    A notícia de que a Renault nos cederia um Zoe, seu hatch compacto elétrico, levantou a questão: “Como será ele diante do nosso Leaf de Longa Duração?” As respostas começaram a ser dadas pelo repórter do site QUATRO RODAS, Vitor Matsubara. Com a experiência de já ter dirigido o Leaf de nossa frota algumas vezes, ele foi um dos primeiros da equipe a assumir o volante do Zoe: “O estilo um tanto futurista da cabine, com iluminação azulada, é interessante. Mas contrasta com o reaproveitamento de peças aplicadas no Sandero e no Logan, como os botões dos vidros e retrovisores elétricos”. O editor Péricles Malheiros, responsável pelo Longa Duração, também iniciou sua análise do Zoe com críticas. “Achei a dinâmica bem menos refinada do que a do Leaf. A suspensão, por exemplo, filtra menos as imperfeições e deixa passar mais barulho para a cabine. O mesmo vale para a caixa de direção, com boa dose de assistência nas manobras, mas um tanto ruidosa sobre asfalto irregular”, diz Péricles.

    À exceção do acabamento simplório e dos ruídos na cabine – aliás, pontos estritamente inter-relacionados –, o Zoe colecionou elogios. O design, com faróis e grade fundidos e duas luzes de posição em forma de bumerangue na dianteira, inspira mais modernidade do que as formas óbvias do Leaf. Apesar de rodar de maneira mais ruidosa, o Renault se mostra mais ágil que o Nissan ao enfrentar o trânsito engarrafado de São Paulo. O porte menor reforça a sensação de esperteza, principalmente nas mudanças de faixa. Mas o tira-teima na pista deixou claro que tal impressão é falsa.

    Na nossa pista em Limeira (SP), o Leaf, mais pesado (1 531 ante 1 438 kg) e comprido (4,45 ante 4,08 metros) que o Zoe, mostrou-se de longe o mais bem-disposto, por ser melhor na motorização (107 cv e 28,6 mkgf contra 88 cv e 22,4 mkgf). No 0 a 100 km/h, pique de Honda Civic 2.0: 10,8 segundos. Mas é bom ressaltar: no modo Eco – ativado pela alavanca no console –, o Leaf é extremamente lento. “Não é raro, em saídas de semáforo, carros 1.0 mais apressados buzinarem ou darem sinal de luz atrás”, diz Péricles. Uma diferença entre os elétricos da aliança Renault-Nissan está no padrão de tomada: europeu no Zoe, japonês no Leaf. Este, aliás, é um ponto a desaparecer caso as fábricas decidam investir na importação de elétricos para o Brasil, já que o plugue do cabo de recarga deverá ser compatível com o padrão de tomada local, como acontece com o sistema plug-in do elétrico BMW i3.

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