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Carros elétricos e híbridos podem ficar mais caros já em janeiro

Governo brasileiro retomará imposto de importação para híbridos e elétricos de forma gradativa, de 2024 até 2026, chegando a 35%

Por Guilherme Fontana Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 28 dez 2023, 09h17 - Publicado em 28 dez 2023, 09h08
BYD Dolphin Plus
BYD Dolphin Plus (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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O governo retoma já na virada para 2024 a cobrança de impostos de importação sobre veículos híbridos e elétricos, tributação que estava suspensa desde 2015. A medida visa desenvolver a cadeia automotiva nacional, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). A decisão foi tomada após apoio das montadoras, que têm sido impactadas pelo avanço das chinesas.

A retomada da taxação será feita gradualmente, em quatro etapas: em janeiro, os carros elétricos e híbridos passam a ter taxação de 12%; em julho de 2024, 25% para elétricos e 20% para híbridos; em julho de 2025, 30% para elétricos e 28% para híbridos; em julho de 2026, 35% para ambos.

Volvo EX30
Volvo EX30 (Divulgação/Volvo)

Ou seja, um BYD Dolphin, o atual carro elétrico mais vendido do país, poderá subir de R$ 149.800 para R$ 164.780 já neste mês. Em 2026, considerando o preço atual com acréscimo de 35%, poderia custar R$ 202.230. Isso, se o imposto fosse cobrado em cima do preço de venda do carro, mas o imposto de importação é cobrado sobre o valor da nota de entrada do carro no Brasil – que poderia ser algo abaixo dos R$ 100.000.

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No caso do Dolphin, até a cobrança do imposto de importação integral, a expectativa é que o modelo já terá sua produção nacional em Camaçari (BA), na antiga fábrica que foi da Ford, e fugirá dos impostos mais altos.

Outros modelos sem nacionalização, porém, não ficarão livres dos tributos. É o caso do Volvo EX30, que estreou agora com preços a partir de R$ 219.950 e, em 2026, poderá beirar os R$ 300.000, se não sofrer aumento por nenhum outro motivo. Marcas como GWM e a própria Volvo já anunciaram que absorverão parte do imposto.

Volkswagen e-Delivery
e-Delivery, caminhão 100% elétrico da Volkswagen, feito no Brasil (Divulgação/Volkswagen)
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A GWM, inclusive, espera conseguir não repassar nada do imposto de importação ao consumidor neste primeiro momento. Mas nenhuma das marcas detalharam novos preços e de qual modo o restante será repassado ao consumidor.

As empresas terão, até 2026, uma cota de importação isenta. Essa cota (reduzida com o passar do tempo) será distribuída entre as importadoras, variando entre modelos híbridos leve, híbridos plug-in e elétricos. Mas o valor não é tão representativo e marcas que apostam em volume de carros elétricos não estão contando com as cotas.

Os caminhões elétricos também serão taxados (com cotas menores e retomada mais rápida dos impostos), com 20% em janeiro e 35% em julho deste ano. “A retomada da alíquota cheia é mais rápida porque existe uma produção nacional suficiente”, informa o MDIC.

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